É indescritível a sensação do mensageiro que nos traz a triste nova de uma vida desaparecida, finda, desabitada da alma que o corpo que conhecíamos possuía... Não se acredita ao início, porque a morte é o fim aos olhos humanos. Sente se revolta ou um estado letárgico total onde nem sequer reconhecemos quem nos ampara. A morte toldanos o olhar, prende nos os membros e rodopia o nosso corpo, como um pião com que brinca durante vários dias, meses ou às vezes anos...
E perecemos por dentro... devasta nos por dentro, desespera nos a fronte e baixamos a cabeça, inundamos os olhos e abanamos a cabeça num acto de horrível descrença, quando a verdade se nos apresenta tão real.
Fico de braços abertos à espera que chegues, me abraces com força, com ternura, candura e me leves para o leito da entega plangente entre duas almas corporais que se desvelam em amor... Mas arracaste de mim o que de melhor tinha de ti e de nós, sem pudor, sem escrupulos da minha dor.
Isso é-te indiferente, completamente. E completa entreguei me a ti...
Lembras, Amor quando sonhavamos rosa, mas em negro nos tingimos? Lembras, Amor?